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Das assembleias dos homens-bons no Chão da Oliva aos paços do concelho de Adães Bermudes – Um olhar sobre quinhentos anos de arquitectura concelhia em Sintra

Carlos Caetano *

Os actuais paços do concelho de Sintra, construídos numa linguagem cosmopolita, eclética e historicista, de gosto neo-manuelino, foram inaugurados em 1909 e devem-se a Adães Bermudes (1864-1948). O grande arquitecto português projectou então (1905), a par do paços do concelho, a cadeia civil e o matadouro municipal de Sintra, edifícios igualmente notáveis e que suscitam a consideração dos equipamentos e edifícios que integravam o tão importante quanto desconhecido corpus da velha arquitectura concelhia portuguesa. Esta tinha no seu centro, naturalmente, o próprio edifício que acolhia a instituição concelhia, os paços do concelho ou seja, a casa da câmara, tal como o edifício seria conhecido na Era Moderna. Esta designação deriva do nome da divisão reservada do seu piso nobre, a câmara, onde tinham lugar as vereações e de que decorre, por uma evolução semântica singular, a designação portuguesa da instituição concelhia – a Câmara, designada de “Municipal” apenas a partir das primeiras décadas do século XIX.
No presente estudo considera-se a tipologia arquitectónica “casa da câmara”, mas recua-se ao tempo em que os homens-bons da vila se reuniam em conselho, ao ar livre, no sítio do Chão da Oliva. Incidir-se-á, porém, no que vamos sabendo do que foi a velha casa da câmara e, em particular na secular cadeia concelhia de Sintra, que chegou ao século XX e de que resta a torre do relógio, que ostentou durante séculos o sino da câmara, um dos mais importantes símbolos do poder concelhio local, que urge conservar e conhecer melhor.

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